Princípios, Crenças e Valores Morais
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Princípios, Crenças e Valores Morais
Outra revisão que eu gostaria de fazer é a respeito dos Princípios. No livro eu cito exemplos de princípios bons (que na prática impedem de fazer maldades) e princípios maus (que na prática dificultam o personagem fazer qualquer coisa que não seja tal ato de maldade).
Porém, para os princípios maus, eu achei que a regra ficou um tanto problemática. No caso de vingativo, por exemplo, você não consegue ajudar alguém de quem você tem que se vingar. Ótimo, um amigo de seu personagem o prejudica sem querer, e seu personagem tem que se vingar. Neste caso consigo ver o defeito... mas, e se o personagem quer ajudar alguém neste momento, para vingar-se mais tarde? Ele merece realmente ser prejudicado neste momento?
De fato, o problema que eu vi com relação a esse tipo de princípio é que ele ou é muito restritivo, ou ele nunca se aplica. Então, um dos meus jogadores chegou com a idéia de ter um princípio relacionado a roubar. Para ele, roubar é uma questão de princípios. Está certo, posso discutir os porquês de alguém desenvolver tal princípio, mas no jogo, o que um princípio desses significa?
O personagem não pode se concentrar em nada enquanto não roubar? Qual é o momento em que o defeito se aplica e qual é o momento no qual o defeito não se aplica?
Ele sai na rua e tem que roubar qualquer um que tenha um relógio interessante, um celular mais moderno?
Se o defeito for "roubar coisas úteis"... sempre que alguém possuir algo útil ele tentará roubá-lo?
Como eu havia dito, posso questionar os porquês e até proibir tal princípio, mas eu achei que o verdadeiro problema, nesse caso, é o funcionamento dos princípios. Então, revendo o que eu mesmo havia descrito, "princípios são coisas que o personagem acredita que todos devem fazer ou que ninguém deve fazer".
Esse item "todos devem fazer" é fundamental. Ainda pretendo manter a idéia que o personagem que possui um princípio mau, as vezes, se sente "obrigado" a fazer tal maldade, mas o mais importante é que ele acha que todos devem fazer tal maldade, e terá penalidades para impedir qualquer um de fazer a maldade que ele mesmo pratica, mesmo que seja contra seus amigos ou contra si mesmo. Afinal, se é algo que todos devem fazer, por que impedir alguém de fazê-lo?
Ou seja, um vampiro vingativo ainda se vingará até de seus amigos mas, mais importante que isso, ele entende se alguém quiser se vingar dele, e terá penalidades para reagir nesse caso. Posso estar aumentando o defeito, mas agora sim ele me parece ser um defeito.
Quer um personagem que se vinga de todo mundo, e não deixa que ninguém se vingue dele? Ótimo, isso é um mero "código de conduta" pessoal, não verdadeiramente um princípio.
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